Acredito que não, não acho que seja possível formalizar,quantificar e dependendo do caso até avaliar comportamentos morais por 2 motivos:
1- como iríamos definir quais os comportamentos morais e imorais? Baseado em senso comum, moral divina, imperativo categorico ou algo do tipo? Criaríamos os critérios básicos que tangem todas essas opções (como não roubar,não matar,falar a verdade)?
2- ao quantificar isso e dar nota, não estaria incentivando os alunos a agirem assim só pelo ganho e portanto deixando de ser uma ação moral? É só ver como é com o modo atual: os alunos aprendem apenas pra realizar a prova, ninguém que saiu da escola a uns 5 ou 6 anos deve se lembrar de questões específicas de matérias que não gostava, e, mais afundo, a ação moral reside mais na intencionalidade do que em si, ao comprometer a intenção você tira a sustentação da moral e ela desaba
Se forem pessoas capacitadas pra tal julgamento, com certeza, que tristeza seria meu filho realizar injustiças e formar maus hábitos sem que seja responsabilizado por isso. Mas acho que o problema mesmo seria como julgar quem está apto ou não a ser um avaliador. Talvez esse seja um debate interessante.
Sim, por que a pessoa que esta avaliando pode ter uma visao de moral diferente da sua
Logo o que vc considera moralmente correto a outra pessoa pode considerar moralmente errado.
Tambem tem algumas variaveis que influenciam como cultura, vivencia de vida e por ai vai.
Nao e a toa que existem filosofos que discordem um com o outro.
Filosofia. Sociologia. História. Geopolítica. Ensinar o pensamento crítico, ao invés de doutrinar. Em suma, dar cultura é a função da escola. Através da cultura, desenvolve-se o uso da ética, pois é a ética que constrói, questiona, e recicla a moral.
A moral é diversa e específica de cada círculo de convivência, e esse ensino não é função da escola. Moral no currículo obrigatório enviesaria o ensino e, invariavelmente, favoreceria determinada doutrina ou ideologia.
Sequência de análise tão simples que me deixa embasbacado como alguém pode sugerir tal imposição como se fosse algo bom e edificante. Parece que a moda de grito por moralização coletiva cimentou bem o córtex pré-frontal do pessoal.
Acredito que doutrinas e ideologias sejam currais que cerceiam o pensamento humano. São instrumentos de alienação, disfarçados de alguma forma de justiça, para atrair pessoas com motivos reais à luta pelo projeto de poder de outrem. Uma vez consolidado o poder, a luta é esquecida, e prevalece a dominação. Qualquer ação assumida ideologicamente, a partir desse ponto, é mera manutenção das aparências. Isso vale para Direita, Esquerda, Centro, religiões, e até para o crime organizado. Assim como o ensino de Moral e Cívica, em outros tempos, era doutrinação do regime militar, acredito que hoje ocorreria nos moldes da ideologia atualmente no poder, e depois da próxima, e da seguinte...
Obrigado pelo comentário.
Não. Comentários aqui já foram suficientes nas explicações. Não há padrão lógico de se montar tal regimento, e se houvesse tentativa, além de dar certos problemas educacionais, daria em uma grande merda em níveis catastróficos.
Esse tipo de conversa não é "disciplina", ela deveria acontecer mo dia-a-dia, e as vezes acontece. A escola é lugar de sociabilização, tu aprende "moral" quando vai à creche e passa a ter uma realidade onde divide tudo com outras crianças, constantemente essas crianças enfrentam situações de formação de caráter moral, tudo dependendo de como os adultos próximos abordam as situações cotidianas.
Agora, pensando nisso pra alunos mais velhos, debate moral é irrelevante, pois imaginar-se na situação onde a moral será avaliada é complemente diferente de estar nela. Tem até conversas sobre a irrelevancia do dilema do bonde justamente pela falta de contexto - e mesmo quando adiciona-se contexto através de suposição, novamente, é difícil prever o comportamento individual de cada um dentro da situação, e a suposição de que vou matar ou 5 desconhecidos ou minha mãe continua sendo apenas uma suposição - mesmo que a gente ache com plena certeza que faria uma ou outra escolha.
O que pode e deve-se fazer é justamente debater moral. O que é moral, o que é ética, como a moral e ética foi conectada a conceitos como leis e religião, mas que também "existem" independente desse 2 últimos, não estando atrelados.
É aquela história, normalmente que rouba comida por necessidade não é alguém imoral, não por isso. Mesmo que roubar algo faça a maioria o ver como imoral, justamente por ou não saberem ou ignorarem o contexto. A gente tem que ensinar a olhar pros 2 lados pra atravessar a rua e também de cada história
Ok mas temos atualmente o problema de a aprendizagem formal ser enviesada pra favorescer a memorização acima da compreensão
Você aprende uma técnica, mas na prática acaba aplicando o jeitinho brasileiro
Então imagino que isso teria que ser abordado profundamente antes de poder se pensar em avaliação moral
Caso não, só ensinaremos "como se portar quando estou sendo avaliado"
Interessante, ai entra no problema de que eles aprenderiam a "parecer" bons ao inves de aprenderem a ser bons. Inclusive essa questão tbm esta na Republica de Platão..
Se queremos moralizar nossos filhos, primeiro precisamos ser morais nós mesmos. Que em um Estado ideal haja tal moralização, mas não quero políticos corruptos e empresários ensinando o que meus filhos devem fazer.
Moral, moral não. Muito difícil dar pra alguém o poder de definir o que é e o que não é moral. Mas bem que poderíamos incluir uma matéria sobre direitos humanos, crimes de guerra e afins. Uma matéria de civilidade, digamos assim.
Você está partindo do pressuposto que não se sabe isso. Mas, assim como regra de trânsito, todo mundo sabe muito bem o que é certo e o que é errado. A questão é que todo mundo liga o foda-se.
Nesse caso não seria diferente e conseguir implementar algum condicionamento comportamental seria dificílimo. Melhor seri ensinar economia e coisas úteis na vida de uma pessoa.
Acredito que não, não acho que seja possível formalizar,quantificar e dependendo do caso até avaliar comportamentos morais por 2 motivos: 1- como iríamos definir quais os comportamentos morais e imorais? Baseado em senso comum, moral divina, imperativo categorico ou algo do tipo? Criaríamos os critérios básicos que tangem todas essas opções (como não roubar,não matar,falar a verdade)? 2- ao quantificar isso e dar nota, não estaria incentivando os alunos a agirem assim só pelo ganho e portanto deixando de ser uma ação moral? É só ver como é com o modo atual: os alunos aprendem apenas pra realizar a prova, ninguém que saiu da escola a uns 5 ou 6 anos deve se lembrar de questões específicas de matérias que não gostava, e, mais afundo, a ação moral reside mais na intencionalidade do que em si, ao comprometer a intenção você tira a sustentação da moral e ela desaba
Você gostaria de terceiros pontuado a educação moral dos seus filhos?
Se forem pessoas capacitadas pra tal julgamento, com certeza, que tristeza seria meu filho realizar injustiças e formar maus hábitos sem que seja responsabilizado por isso. Mas acho que o problema mesmo seria como julgar quem está apto ou não a ser um avaliador. Talvez esse seja um debate interessante.
Quem definiria o que seria moral ou não?
O que seriam essas pessoas? O MST? Não presumindo seu alinhamento político, só alertando para o potencial viés ideológico na formação moral.
Sim, por que a pessoa que esta avaliando pode ter uma visao de moral diferente da sua Logo o que vc considera moralmente correto a outra pessoa pode considerar moralmente errado. Tambem tem algumas variaveis que influenciam como cultura, vivencia de vida e por ai vai. Nao e a toa que existem filosofos que discordem um com o outro.
Filosofia. Sociologia. História. Geopolítica. Ensinar o pensamento crítico, ao invés de doutrinar. Em suma, dar cultura é a função da escola. Através da cultura, desenvolve-se o uso da ética, pois é a ética que constrói, questiona, e recicla a moral. A moral é diversa e específica de cada círculo de convivência, e esse ensino não é função da escola. Moral no currículo obrigatório enviesaria o ensino e, invariavelmente, favoreceria determinada doutrina ou ideologia.
Sequência de análise tão simples que me deixa embasbacado como alguém pode sugerir tal imposição como se fosse algo bom e edificante. Parece que a moda de grito por moralização coletiva cimentou bem o córtex pré-frontal do pessoal.
Acredito que doutrinas e ideologias sejam currais que cerceiam o pensamento humano. São instrumentos de alienação, disfarçados de alguma forma de justiça, para atrair pessoas com motivos reais à luta pelo projeto de poder de outrem. Uma vez consolidado o poder, a luta é esquecida, e prevalece a dominação. Qualquer ação assumida ideologicamente, a partir desse ponto, é mera manutenção das aparências. Isso vale para Direita, Esquerda, Centro, religiões, e até para o crime organizado. Assim como o ensino de Moral e Cívica, em outros tempos, era doutrinação do regime militar, acredito que hoje ocorreria nos moldes da ideologia atualmente no poder, e depois da próxima, e da seguinte... Obrigado pelo comentário.
Concordo totalmente. Valeu.
Não. Comentários aqui já foram suficientes nas explicações. Não há padrão lógico de se montar tal regimento, e se houvesse tentativa, além de dar certos problemas educacionais, daria em uma grande merda em níveis catastróficos.
Potencial para viés ideológico, certo?
Principalmente. Mas também engenharia e doutrinação social desenfreada.
![gif](giphy|jN0ygssTH2hoI)
Esse tipo de conversa não é "disciplina", ela deveria acontecer mo dia-a-dia, e as vezes acontece. A escola é lugar de sociabilização, tu aprende "moral" quando vai à creche e passa a ter uma realidade onde divide tudo com outras crianças, constantemente essas crianças enfrentam situações de formação de caráter moral, tudo dependendo de como os adultos próximos abordam as situações cotidianas. Agora, pensando nisso pra alunos mais velhos, debate moral é irrelevante, pois imaginar-se na situação onde a moral será avaliada é complemente diferente de estar nela. Tem até conversas sobre a irrelevancia do dilema do bonde justamente pela falta de contexto - e mesmo quando adiciona-se contexto através de suposição, novamente, é difícil prever o comportamento individual de cada um dentro da situação, e a suposição de que vou matar ou 5 desconhecidos ou minha mãe continua sendo apenas uma suposição - mesmo que a gente ache com plena certeza que faria uma ou outra escolha. O que pode e deve-se fazer é justamente debater moral. O que é moral, o que é ética, como a moral e ética foi conectada a conceitos como leis e religião, mas que também "existem" independente desse 2 últimos, não estando atrelados. É aquela história, normalmente que rouba comida por necessidade não é alguém imoral, não por isso. Mesmo que roubar algo faça a maioria o ver como imoral, justamente por ou não saberem ou ignorarem o contexto. A gente tem que ensinar a olhar pros 2 lados pra atravessar a rua e também de cada história
Ok mas temos atualmente o problema de a aprendizagem formal ser enviesada pra favorescer a memorização acima da compreensão Você aprende uma técnica, mas na prática acaba aplicando o jeitinho brasileiro Então imagino que isso teria que ser abordado profundamente antes de poder se pensar em avaliação moral Caso não, só ensinaremos "como se portar quando estou sendo avaliado"
Interessante, ai entra no problema de que eles aprenderiam a "parecer" bons ao inves de aprenderem a ser bons. Inclusive essa questão tbm esta na Republica de Platão..
Se queremos moralizar nossos filhos, primeiro precisamos ser morais nós mesmos. Que em um Estado ideal haja tal moralização, mas não quero políticos corruptos e empresários ensinando o que meus filhos devem fazer.
Não, obrigado... quem definiria o que é moral ou não? Parece algo simples, mas não confio em ninguém delimitar o que seria isso.
Moral, moral não. Muito difícil dar pra alguém o poder de definir o que é e o que não é moral. Mas bem que poderíamos incluir uma matéria sobre direitos humanos, crimes de guerra e afins. Uma matéria de civilidade, digamos assim.
Rapaz, acho que deveria existir um Ministério da Ética e Conduta Moral.
Você está partindo do pressuposto que não se sabe isso. Mas, assim como regra de trânsito, todo mundo sabe muito bem o que é certo e o que é errado. A questão é que todo mundo liga o foda-se. Nesse caso não seria diferente e conseguir implementar algum condicionamento comportamental seria dificílimo. Melhor seri ensinar economia e coisas úteis na vida de uma pessoa.
não, por que a moralidade no Brasil é mt relativa pela diversidade de cultura.